Só tenho isso.


Há muito tempo não escrevo.Não é por falta de tempo. Ele tem sobrado. Aliás, aprendi nesses últimos tempos que a falta de tempo não é desculpa para se deixar de fazer alguma coisa que se quer, posto que se quer, logo tempo se acha ou se remaneja.Não escrevo é porque verdadeiramente a inspiração acabou. E pode alguém auto-inspira-se? Não sei. Realmente não sei.Percebi nesse momento que temos uma tendência inimaginável de julgar coisas, bichos, fatos e pessoas. De dar valores e mensurar possibilidades. Isso é um fato entre os seres humanos. Mas quase sempre nos enganamos. "Caímos" justamente naquilo que dizemos que somos bons ou que somos fortes. Quase sem perceber classificamos : " esse bichinho é lindo, mas aqueles..." " Gosto tanto do jeito de fulamo, mas beutrano eu não engulo...". " Esse cara não parece ser boa pessoa, preciso me precaver...""...Pois bem. julgamos a todo o momento. Seja esse julgamento baseado pelo que recebemos quando crianças, ou por aquilo que a maturidade pode nos oferecer como padrão de análise. Mas erramos. Erramos pois vi gente que gente não pareceia ser, e "mal-carateres" tão humanizados que nem gente paracia ser. Coisas que eu abominava me fizeram feliz. Outras que eu amava, me deixaram entendiado e me aborreceram. Percebi que sempre "eu" venho primeiro e por isso muitas vezes não ouvi, e por não ter ouvido, não refleti, e por não ter refletido, não agi ou agi mal com aqueles que de mim demandavam alguma atenção, seja de afeto ou de simplesmente ouvinte realmente eu ser.Messe período de "abstinência" de criatividade, percebi que ter controle é uma grande ilusão, na verdade na maioria das vezes o que realmente quer nosso coração é "perder" o controle e viver a expectativa do "inesperadamente inédito". E assim vivemos de expectativas em expectativas. Expectativa é a ansiedade controlada. Mas é possível controlar uma expectativa intensa e intrinsecamente apelativa para nosso interior?Não sei se podemos... Aí só fazemos besteiras. RSRSRS! Mas de besteiras em besteiras, acertamos. Chega um momento que acertamos. Quando percebemos que as expectativas acabaram e a ansiedade já não se faz presente. Aí sim começamos a enxergar pelo menos um pouco. As comparações realmente comparam e as análises são feitas com imparcialidade e veracidade. Mas só depois de muito errarmos.Bem, aindo tô sem inspiração, mas coloquei aqui alguns pensamentos que permeavam a minha muito doida cabecinha.Um abraços a todos.Marcelo

Comentários

Felipe Braga disse…
Sim, Marcelo.
E, na maioria dos nossos julgamentos, somos parciais, talvez justamente porque não sabemos ser ouvintes, e o tempo que gastamos julgando poderia ser empregado atendendo.
Mas até isso pode se tornar um acerto, como você disse.

É muito bom continuar mantendo contato contigo. Aprendi muito com você.

Abraço.

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