Relações "estranhas"

Feriado. Feriado e descanso é sempre bom para alma, posto que desintoxica das lamúrias do cotidiano e nos faz canal dos pensamentos andarílios que passeiam pelo que muito denominamos "existência".
Aqui em Jerônimo está como sempre, calmo, calminho. Essa calmaria me faz pensar em algumas relações bilaterais, relações que ora somos ou estamos em pólo, outrora noutro.
Falo em primeiro lugar, de gente que  se relaciona como "zumbis".  Gente que tem carne, mas não tem alma, muito menos espírito. Gente que abraça mas não sente, e seu abraço é  gelado, pois as emoções já morreram há muito tempo e esse corpo não aquece mais. Gente que mais parece coisa, adereço ou ornamento, a gente sabe que  existe, que até faz parte de nossa existência, mas se não estivesse mais aqui, pouca falta nos faria, a não ser a falta do vaso que caiu, e quebrado foi, deixando apenas espaço físico. Gente que não sabe ou  não quer se dar, visto que para isso deixaria o status de coisa ser , para gente serem de verdade.  Gente que sofre nas relações que se permitem, e isso "zumbis" não podem, posto que perderiam o que mais lhe é inerente: A INSENSIBILIDADE na existência, nas relações. É tem muita gente assim...

O outro grupo a que me refiro, é de gente que 'e "gente-fantasma". Tem muito dengo, muito toque, muita choradeira e lamúria. Mas que na verdade as relações são fluidícas, visto que oram dizem que "amam" intensamente, ora deixam em nós somente "assombrações" daquilo do que falaram e insistiram em dizer que era profundo e pertinente. São pessoas em que nós nunca pudemos verdadeiramente contar, mas que sempre nos sugaram nos relacionamentos interpessoais, numa relação simbiótica de parasitismo social, posto que só não nos mataram, para não perderem sua fonte de alimentação sócio-emocional". "Desamam" tão facilmente e esperadamente assim como certamente o gelo derrete ao sol. Gente que diz  para você: "Oi amadinho" e depois pensa em si mesma: " Afasta-se de mim você não me interessa mais". Gente muito fraca mesmo...

Diante disso, aprendi uma coisa da parte de Deus, ou pelo menos ficou isso: Amar os que se vão, assim como Jesus amou o jovem rico.  Quantos se afastam de nós por possuírem "muitos bens". Acho que foi por isso que Ele também disse: Felizes são os podres de coração...

Feriado dá nisso, começo a pensar e RSRSRSR. Tchau gente!


Marcelo Pinto

Comentários

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