Reflexos da CRUZ


Não tem jeito. Viver realmente é contemplar algumas sombras. Nosso primeiro "eu" se divorciou da LUZ criando uma anomalia, um tipo de anteparo que impede os raios de luz se propagarem. Assim surge o opaco,a escuridão, as trevas, as densas trevas... Interessante é, que entre a LUZ e as trevas, estamos nós, "o anteparo " produto de um rompimento relacional, pois éramos a imagem da LUZ, e como imagem da LUZ, éramos luz também. Não havia trevas no nosso "eu" passado, pois nada havia entre nós e a criação, seja material ou transubstancial, isto é, entre nós e o que a LUZ disse que "houvesse" e assim "houve".
Mas nem tudo está perdido! Se não somos o que fomos (LUZ), também não somos as trevas que de nós como anteparo, surgem. Aliás, o maior anteparo que conheci, não conseguiu absorver nem capturar a LUZ, ainda que por momento, a paralisou. Foi incrível! Um anteparo de madeira, por um momento conseguiu, assim como um "buraco negro" que absorve toda forma de energia e luz, reter a fonte de toda LUZ. Mas a verdade é que não foi o anteparo de madeira que barrou a LUZ, e sim a LUZ que paralisou o anteparo, pois foi de encontro a ele, e não dele fugiu! E assim como a LUZ foi em direção àquele objeto, ela vem em direção a nós “anteparos divorciados da LUZ”, e assim sendo, o que vemos refletido no chão, não são mais densas trevas , mas uma CRUZ!

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